PORQUE A PASTILHA ELÁSTICA NÃO DEVE SER USADA E NÃO É UM BENEFÍCIO PARA A MASTIGAÇÃO

Irá ouvir frequentemente algumas razões para utilizar pastilha elástica (sem açúcar) se não puder escovar os dentes após uma refeição. Existem algumas explicações para aquilo que poderia ser considerado como benefício:

  • a mastigação estimula a produção de saliva que é a principal responsável pelo equilíbrio do pH oral, combatendo o mau-hálito;
  • o efeito pegajoso da pastilha colabora na remoção de alguns resíduos alimentares e também bactérias;
  • o adoçante utilizado, o xilitol, é anti-cáries pois não serve de alimento às bactérias nocivas da boca, ao contrário dos outros açúcares.
  • por vezes, é utilizada pelos terapeutas mio-funcionais para exercitar musculatura hipotónica.

Porquê afirmar então, que as pastilhas elásticas não devem ser usadas?

Quando mastigamos um “alimento” com estas características de viscosidade e densidade, produzimos um desequilíbrio nos Maxilares e na Articulação Temporo-Mandibular. Ao tentar processar um elemento que não se desfaz, os nossos músculos mastigatórios produzem energia mecânica excessiva e aumentam cada vez mais a sua tonicidade. Na prática, é como levar esses músculos ao ginásio. Se constantemente sobrecarregados, será muito mais difícil manter o equilíbrio do sistema, podendo este fenómeno resultar em bruxismo, ranger de dentes, desgastes no esmalte ou mesmo fracturas, assim como dores musculares, de cabeça ou de dentes. Por isso, em vez de aliviar o stress, o que sucede é que carregamos o sistema com mais energia, que ele acumula em vez de dissipar, potenciando os efeitos negativos. 

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