Gengivas: A importância da prevenção

Sabia que ao cuidar das suas gengivas está a melhorar a sua saúde?

Existe uma relação entre a doença periodontal e várias doenças sistémicas. A doença periodontal ou periodontite, é a principal causa de perda de dentes no adulto. Mas os problemas que provoca não ficam por aqui.  A inflamação que se produz no periodonto (que é constituído pelas gengivas, ligamentos e osso) espalha-se por via sanguínea, bem como as bactérias orais e seus derivados que entram na corrente sanguínea (bacteriémia). Como consequência, sabemos hoje em dia,  podemos ter repercussões cardiovasculares, diabetes, complicações na gravidez, doenças respiratórias, artrite reumatóide. Doença cardiovascular

Um paciente com periodontite tem 25% mais probabilidade em desenvolver doença cardiovascular, e por isso a Sociedade Europeia de Cardiologia considerou a periodontite como factor de risco para a doença, nas suas mais recentes orientações.

Uma boa saúde periodontal pode melhorar a saúde cardiovascular !

Diabetes

Quem sofre de Diabetes está em risco de desenvolver afecções periodontais de forma mais rápida e progressiva. Quanto mais grave é a periodontite, maior é a probabilidade de desenvolver diabetes com sérias complicações.

Uma boa saúde gengival pode ter um impacto positivo sobre os níveis de glicose no sangue!

Gravidez

Entre 60 a 70% das mulheres grávidas desenvolvem gengivite e 25% desenvolvem periodontite durante a gravidez. A saúde gengival tende a piorar durante o segundo trimestre. Estudos recentes sugerem que a periodontite pode estar relacionada com resultados adversos na gravidez, tais como parto prematuro e o nascimento de bebés com baixo peso.

Uma boa saúde gengival pode ajudar a reduzir o risco de certas complicações na gravidez!

Fale com o seu dentista, peça-lhe aconselhamento sobre dentífricos e instrumental de higiene.  

Sabe o que é uma mordida cruzada?

Vamos começar por fazer uma analogia: para fechar uma caixa de sapatos, a tampa tem de ser maior para poder encaixar por fora. Se pensarmos nesta regra para os nossos dentes facilmente descobriremos as situações em que isso está invertido e a que chamamos mordida cruzada.

O que é?

Chamamos mordida cruzada à situação em que os dentes superiores, ao fechar a boca tocam por dentro dos inferiores ao contrário do que seria desejado. Isto pode acontecer só de um lado dos maxilares e chamar-se unilateral, ou instalar-se em ambos os lados e nesse caso, bilateral. Quando os incisivos inferiores fecham por fora dos superiores, chamamos mordida cruzada anterior. Há ainda situações mais graves, mas também menos frequentes,  em que encontramos mordidas cruzadas completas.

Quais são as causas?

As causas para esse desalinhamento poderão ser várias: respiração oral, uso prolongado de chucha ou dedo, factores genéticos e de crescimento ósseo e até mastigação viciosa sempre para o mesmo lado. A partir do momento em que a dentição cruza, existe um bloqueio para o equilíbrio da mastigação e  estabelece-se um padrão desfavorável cuja consequência  será um crescimento ósseo assimétrico.

Como tratar?

Mas não queremos que desespere, porque o tratamento é bastante simples se for começado cedo. A partir do momento em que a criança tem a dentição de leite completa deve procurar a opinião de um dentista.  Se esse dentista tiver conhecimentos de OFM (ortopedia funcional dos maxilares) terá uma ferramenta extra para poder começar imediatamente o tratamento, pois poderá confeccionar um aparelho removível que em poucos meses resolve o problema de uma forma confortável, evitando as disjunções e expansões mais dolorosas a partir da adolescência.

Hoje em dia é muito comum esta condição ser diagnosticada pelo Terapeuta da Fala, que é um profissional habilitado e fundamental na prevenção e tratamento das más-oclusões. O seu trabalho fica por vezes limitado quando encontra uma condição estrutural desta natureza que pode ser concomitante com um palato ogival e a consequente falta de espaço para a língua poder articular os fonemas. É fundamental que o terapeuta esteja integrado numa equipa multidisciplinar pois irá precisar certamente do apoio de um dentista e talvez de um otorrinolaringologista.

 

Vamos conhecer mais uma vantagem da amamentação de que poucas vezes ouvimos falar? (NO PEITO MATERNO E NÃO EM BIBERÃO)

Já todos sabemos dos grandes benefícios do aleitamento materno para o bebé e para a própria mãe. Em termos nutricionais não há nada que se lhe compare.     O que talvez ainda não soubesse é que as vantagens de mamar se estendem também à saúde oral. Os bebés nascem com a mandíbula (ou maxilar inferior), mais pequena e retruída do que a maxila. Esta dimensão menor facilita a passagem do bebé no canal de parto. É depois a amamentação que irá ajudar ao desenvolvimento harmonioso, pois existe um estímulo de crescimento mandibular no movimento de sucção e ordenha que o bebé produz. Durante a mamada estes movimentos são importantíssimos para os músculos e os ossos. Mas ainda não fica por aqui; do selamento labial em torno da mama que resulta de uma boa pega, acontece a impossibilidade de respirar pela boca. Assim o bebé começa a estabelecer um padrão de respiração nasal que lhe será muito benéfico ao longo da vida e que devemos assegurar que nunca perca. Há até quem brinque, dizendo que este sistema de forças será o primeiro aparelho “ortodôntico” que o bebé irá usar.    

As recomendações da Organização Mundial de Saúde

relativas à amamentação são as seguintes:

  • As crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade.  Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida.
  • A partir dos 6 meses todas as crianças devem receber alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno.
  • As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.